terça-feira, 3 de maio de 2016

Feira consolida cultura boliviana em São Paulo

A cultura boliviana está mais próxima do que você imagina. Com uma simples viagem de metrô, você encontra no bairro Bresser as características desse país impressas nas ruas

(Foto por Mariana Manetta)

É possível conhecer a tradição da Bolívia sem ir muito longe. Basta pegar o metrô e descer na estação Bresser para encontrar a famosa feira boliviana da Rua Coimbra. Ela reúne todos os finais de semana diversas barracas com produtos trazidos de fora e outros tantos produzidos aqui no Brasil.

No trecho entre a Rua Bresser e a Costa Valente, os comércios são todos identificados no idioma espanhol e quase todos os imóveis são ocupados por bolivianos. É possível encontrar peluquerias, como são chamados os salões de cabeleireiro em castelhano, além de outros tipos de serviços. O endereço também abriga o Centro Integrado do Imigrante que visa auxiliar os estrangeiros que vieram para ficar.

“O principal objetivo do centro é dar uma dignidade aos imigrantes. Por que eles chegam, não têm documentos, não tem conta bancaria, são assaltados, correm riscos de violência, então a gente quer inserir eles na sociedade brasileira, como pessoas, seres humanos também. ” – Diz a coordenadora do centro, Julia Almeida.

Os visitantes brasileiros aprovam a feira boliviana, mas ainda a presença massiva dos estrangeiros causa um certo “incômodo”. O fato de chegarem e ingressarem no mercado, preocupa a moradora Nilda Bezerra que frequenta a feira.

“Não é bom, né? Porque, na verdade, os bolivianos tomaram contas do bairro. Então, em primeiro lugar estão os bolivianos, depois os nigerianos, os angolanos e assim vai. E a gente vai ficando para traz”, diz Nilda.

De acordo com os feirantes, mesmo com o espaço que possuem para a feira e outros comércios, existem muitas coisas a serem melhoradas, como sinalizações que informem que ali, aos finais de semana, funciona uma feira. A imagem que se tem é que carecem de entidades que prestem algum tipo de suporte para o local. Desde infraestrutura à questão da segurança.

É possível ver que enquanto algumas medidas não são tomadas, a comunidade se ajuda como pode. Uma prova disso é o despachante boliviano Fidel Rômulo que auxilia na regularização com documentações para os imigrantes entre outros postos de serviços que os próprios estrangeiros prestam para si próprios. Vale a pena conferir de perto a feira boliviana. É como viajar sem sair do lugar.




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