terça-feira, 24 de maio de 2016

Justiça Eleitoral convoca para cadastramento biométrico

Para garantir mais segurança na hora da votação, eleitores precisam atualizar cadastro

Foto: Divulgação Tribunal Superior Eleitoral


A biometria é um sistema de atualização do cadastro eleitoral, e tem como objetivo implantar a identificação de cada eleitor através de impressão digital, fotografia e assinatura digitalizada. O cadastramento da biometria ocorre de forma gradual, isso porque é necessário convocar todo eleitorado para uma revisão do banco de dados. O sistema biométrico já vem sendo utilizado como medida de segurança em algumas cidades, mas ainda não é obrigatório em todo país.

Elisângela Rodrigues, escrevente do cartório da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, informa que os eleitores podem fazer o cadastramento no Poupa Tempo, em cartórios eleitorais e nos postos do Tribunal Regional Eleitoral na Rua Fernando Falcão, no Vale do Anhangabaú, levando os seguintes documentos: “RG, CPF e comprovante de residência. No caso de homem, se tiver já 18 anos, o comprovante do alistamento militar. Caso tenha 16 ou 17 anos, e não tiver os 18 anos completos, só RG, CPF e comprovante de residência”, informa.

 Na biometria, coloca-se o dedo no leitor e o sistema faz a comparação do que ele escaneou com uma base de dados já existente. Vitor Dobrochinski, coordenador de Tecnologia da Informação (T.I), explica como isso funciona: “A pessoa posiciona o dedo e esse equipamento faz o escaneamento da digital, então, a partir desse momento, um software vai codificar o que ele leu através das características individuais de cada indivíduo, e vai transformar isso em uma codificação em bits. Como cada pessoa têm suas características únicas de digitais, também essa codificação em bits será única, e isso é feito muito rápido”.

A biometria já é utilizada na segurança das empresas
(Foto por: Jéssica Quintana)
O coordenador conta ainda que esse sistema já é usado por muitas empresas e reconhecido por sua segurança. “Eu acho muito bom, porque uma assinatura não garante totalmente que é a pessoa que está votando, e uma pessoa até pode se passar por outra.”, conclui.
Alguns eleitores já fizeram o cadastramento e a maioria não encontrou dificuldades com o novo método. A eleitora Alanis Góes acredita que isso pode trazer mais segurança nas próximas eleições, “como é algo biométrico, será mais difícil a fraude, mas não impossível”, pontua.

Os eleitores puderam fazer o cadastramento até o dia 04 de maio. Quem não o realizou, terá que procurar os cartório eleitorais após o término das eleições municipais de 2016, pois, para o pleito de 2018, o uso da biometria será obrigatório.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Círculo Militar sedia campeonato e prova que Bocha é para todos

Esporte popular entre os idosos, hoje conquista jogadores de todas as idades e apresenta a safra dos novos campeões

(Foto por Mariana Manetta)


A Bocha é um esporte que não é praticado apenas por idosos. Hoje, vem conquistando adeptos das mais variadas faixas etárias. É o que prova o Círculo Militar, localizado na zona sul de São Paulo. O Clube promove campeonatos que cultivam a tradição entre os jovens que herdaram dos seus pais e avós a paixão pelo esporte. Muitos seguem em disputas nacionais e mundiais.

Um exemplo é o bochófilo Rodrigo Fagundes, de 21 anos. O jogador reúne títulos como Campeão Paulista Juvenil em Tiro de Precisão, Campeão Paulista Individual, Campeão pela Seleção Sub 23 de tiro de precisão e o 5º lugar pela Seleção Brasileira sub 23, em 2015, no Mundial em Roma, na Itália. Quando era pequeno, Rodrigo acompanhava seu pai, tio e avô nas canchas do Clube. E foi nesse momento que teve seu primeiro contato com o jogo. Rodrigo Fagundes se forma em Direito neste ano e concilia seus estudos com a paixão pela Bocha. Até hoje, ele treina duas vezes por semana. Quando questionado até quando ele pretende praticar o esporte, a resposta é certa, “eu não consigo te dizer porque é algo que eu gosto muito e conquistei muitos amigos. A gente nunca sabe o dia de amanhã, mas, hoje, eu não me imagino sem jogar”.

A prática está presente na capital paulista desde a década de 40. O Clube, tem o esporte inserido para seus associados desde a sua fundação, em 1947. “A Bocha, no Círculo Militar, é um dos esportes pioneiros do Clube. É o único esporte campeão mundial interclubes de 2006”, nos conta o coordenador de esportes Armando Júnior. O Clube também investe pesado para treinar as crianças. Além da escolinha de Bocha, os pequenos praticam na colônia de férias, em julho.

Foi no ano de 1999, que Mauricio Vanetti entrou para o time do Círculo Militar como jogador e treinador, e ficou surpreso com a procura dos jovens para a prática do esporte. Segundo ele, hoje, cerca de cinquenta crianças são cadastradas para os treinos semanais, e, dos oito jogadores federados do clube, sete têm menos de trinta e cinco anos. O professor também cita as diferenças entre Bocha e Rafa, “Nas regras da Bocha mundial, você atira por cima até acertar a bola do adversário. O Rafa é um jogo rasteiro, como um jogo de boliche. É um jogo mais fácil, com poucas regras”. O Rafa é uma modalidade vinda da Bocha que só é praticada no estado de São Paulo. O professor reforça que o esporte deveria ser mais divulgado, pois existem dezenas de jogadores brasileiros desconhecidos que acumulam títulos nacionais e mundiais.

Acesse www.fpbb.com.br e acompanhe os próximos jogos federados de São Paulo. O site traz informações sobre os campeonatos de Bocha, Bolão e Rafa, assim como datas e locais dos jogos.

Feira consolida cultura boliviana em São Paulo

A cultura boliviana está mais próxima do que você imagina. Com uma simples viagem de metrô, você encontra no bairro Bresser as características desse país impressas nas ruas

(Foto por Mariana Manetta)

É possível conhecer a tradição da Bolívia sem ir muito longe. Basta pegar o metrô e descer na estação Bresser para encontrar a famosa feira boliviana da Rua Coimbra. Ela reúne todos os finais de semana diversas barracas com produtos trazidos de fora e outros tantos produzidos aqui no Brasil.

No trecho entre a Rua Bresser e a Costa Valente, os comércios são todos identificados no idioma espanhol e quase todos os imóveis são ocupados por bolivianos. É possível encontrar peluquerias, como são chamados os salões de cabeleireiro em castelhano, além de outros tipos de serviços. O endereço também abriga o Centro Integrado do Imigrante que visa auxiliar os estrangeiros que vieram para ficar.

“O principal objetivo do centro é dar uma dignidade aos imigrantes. Por que eles chegam, não têm documentos, não tem conta bancaria, são assaltados, correm riscos de violência, então a gente quer inserir eles na sociedade brasileira, como pessoas, seres humanos também. ” – Diz a coordenadora do centro, Julia Almeida.

Os visitantes brasileiros aprovam a feira boliviana, mas ainda a presença massiva dos estrangeiros causa um certo “incômodo”. O fato de chegarem e ingressarem no mercado, preocupa a moradora Nilda Bezerra que frequenta a feira.

“Não é bom, né? Porque, na verdade, os bolivianos tomaram contas do bairro. Então, em primeiro lugar estão os bolivianos, depois os nigerianos, os angolanos e assim vai. E a gente vai ficando para traz”, diz Nilda.

De acordo com os feirantes, mesmo com o espaço que possuem para a feira e outros comércios, existem muitas coisas a serem melhoradas, como sinalizações que informem que ali, aos finais de semana, funciona uma feira. A imagem que se tem é que carecem de entidades que prestem algum tipo de suporte para o local. Desde infraestrutura à questão da segurança.

É possível ver que enquanto algumas medidas não são tomadas, a comunidade se ajuda como pode. Uma prova disso é o despachante boliviano Fidel Rômulo que auxilia na regularização com documentações para os imigrantes entre outros postos de serviços que os próprios estrangeiros prestam para si próprios. Vale a pena conferir de perto a feira boliviana. É como viajar sem sair do lugar.




Brechós fazem sucesso em meio à crise

Tanto para quem possui loja física quanto para quem busca empreender com a venda de roupas e acessórios usados na internet, este é um cenário favorável, explica economista

(Foto por Maristelly de Vasconcelos)


Em tempos de crise, o melhor conselho dos especialistas é economizar. Por isso, não fazer dívidas e manter o orçamento equilibrado é fundamental, mas fica difícil abrir mão de uma roupa ou acessório novo. Como o dinheiro está mais curto, mas não há quem abra mão de uma compra, os brechós ganham força nesse período de recessão. Oferecendo peças usadas com preços mais acessíveis, essas lojas apresentam um aumento significativo nas vendas.

A alta se deve especialmente pela mudança de comportamento do consumidor, que passou a valorizar as roupas e acessórios usados em busca de economia. Além disso, a grande procura fez surgir novos empreendedores. Com muitos adeptos, os brechós vêm trazendo benefícios tanto para quem busca ganhar dinheiro com o negócio, como para quem quer economizar nas compras.

“A economia é melhor em relação a roupas novas. Geralmente gasta-se menos e compra-se mais em brechó e a iniciativa é ótima, porque você consegue até mesmo trocar roupas que você não usa por roupas que outras pessoas também não querem mais. É uma questão de reuso, e eu acho bem bacana. Gosto muito dos brechós. ” Diz a consumidora Karina Godoy.

O comércio eletrônico com o mesmo viés dos brechós, também vem tomando conta do mercado e pode ser uma opção ainda melhor para quem pretende abrir um negócio nesse segmento, de acordo com o economista Leandro Teixeira.

“No mercado virtual os custos são menores, você pode fazer em casa, por uma empresa aberta por MEI que, hoje em dia, pelo menos na cidade de São Paulo, já tem essa autorização para você ter um escritório em casa. Você atinge os clientes com mais facilidade, já que a internet, hoje, tem um poder muito forte. Acredito que seja bem mais fácil. ”

O economista confirma que este é um cenário favorável, que renderá ainda muito lucro, tanto para os donos de brechós quanto para quem quer se desfazer de seus utensílios, já que a crise tende a se prolongar até meados de novembro.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Brasileiros lançam plataforma de filmes clássicos na Internet

União de sucesso entre clássicos e tecnologia em uma nova plataforma de vídeos por streaming

www.oldflix.com.br


Fãs de cinema antigo lançaram uma plataforma similar à Netflix. A ideia é oferecer acesso a produções lançadas dos anos 30 aos anos 90. Manoel Ramalho, um dos sócios, diz que o grupo já pensava em um produto como este há anos, mas só agora puderam tirar do papel e pôr em prática. Ele é dono também de um canal de TV em Natal.

Os criadores sabiam que a ideia poderia ser um sucesso, mas não imaginavam que fosse ganhar o país tão rapidamente. Ramalho diz que o planejamento era de implantar o sistema e ver seu crescimento gradativo em um ano, mas, com a ajuda da própria internet, o serviço viralizou e, em apenas 48 horas, houve um ganho de quase 10 mil pessoas no número de assinantes.

Outra surpresa é a faixa etária que mais aderiu à Oldflix. Contrariando a previsão, que era de ter assinantes com idade acima dos 30 anos, Ramalho diz que o público mais novo superou em número de inscrições os do seu público alvo. Há assinantes dos 16 aos 80 anos.

Carla Marinho, editora do site Cinema Clássico, fala sobre como, atualmente, o acesso a estes filmes está muito mais fácil e de como o novo serviço pode aproximar os cinéfilos de produções raras. “Antigamente, ou a gente esperava passar na TV, sendo que a TV parou de passar esses filmes, ou adquiria em DVD, que era uma mídia cara. A facilidade que se tem hoje para ter acesso aos clássicos é muito maior”. Carla pontua também que nem todo filme antigo é um filme clássico e vice e versa. O termo clássico se aplica àquelas produções que trouxeram alguma inovação às obras da época.

A Oldflix começou seus trabalhos com quase dois mil títulos e a previsão é ultrapassar a marca dos três mil. Entre os títulos já disponíveis, destacam-se Lost in Space, Amor a Toda Velocidade, com Elvis Presley e Cinema Paradiso. Há ainda sucessos de bilheteria como Flipper e Admiradora Secreta. Séries como Arquivo X, Agente 86 e A Mulher Biônica também fazem parte do catálogo online. Há ainda os desenhos animados como Pantera Cor-de-Rosa e a Caverna do Dragão. Assim como na Netflix, a taxa é única e o serviço é ilimitado.

O acesso pode ser feito em TVs com acesso à internet, smartphones ou tablets. A mensalidade custa R$ 9,90 e o pagamento é feito com cartão de crédito. Para conhecer, é só acessar o site www.oldflix.com.br. 

Jardins e hortas pintam de verde as paredes de pequenos imóveis

Não há espaço pequeno quando é grande a vontade de ter a natureza por perto

(Foto por Maristelly de Vasconcelos)
Os apartamentos estão cada vez menores. De acordo com o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a venda de imóveis compactos aumentou 41% nos últimos anos. Mesmo em espaços bem pequenos, moradores têm buscado casas de jardinagem e profissionais da área para montar jardins mínimos, mas que deixam os ambientes cada vez mais bonitos. “As plantas mais procuradas para este tipo de projeto são aquelas que vão dar custo-benefício, independentemente do tamanho do jardim. São as plantas mais fortes, que além de resistirem ao sol, resistem também ao vento”, conta a paisagista Andreia Marquini.

Além dos jardins internos e das varandas floridas, outra tendência tem pintado as paredes dos apartamentos de verde: é o cultivo das mini hortas. Marquini fala que, há cerca de cinco anos, há um boom dos temperos. É comum seus clientes buscarem informações para o plantio e manutenção de pés de manjericão, hortelã, alecrim, salsa, coentro, cebolinha, tomilho, orégano e pimenta, pois “as pessoas estão optando por ter aquele temperinho em casa, aquela coisa orgânica, gostosa”, conclui.

Para a paisagista, o aumento da procura pelas hortas domésticas é resultado da mudança no mercado imobiliário. Hoje, apesar dos apartamentos pequenos, os condomínios têm oferecido opções de negócio e lazer, fazendo com que as pessoas fiquem mais tempo em casa, além disso, tem crescido também o hábito de cozinhar em reuniões com os amigos.

Os muitos tipos de temperos têm ganho a preferência
Foto por Maristelly de Vasconcelos
A instalação dos jardins é feita em diversos cômodos dos apartamentos, enquanto as mini hortas têm as varandas gourmet e as cozinhas como locais preferidos. Kioko Nagai, proprietária de uma loja de jardinagem na região central de São Paulo, diz que seus clientes procuram até plantas que sejam resistentes às áreas úmidas como o banheiro. Porém, quando o assunto é o que mais sai a pedido dos clientes, ela diz que os temperos representam o maior volume de vendas, mas que nem sempre foi assim. Ela afirma que “tem gente que está levando todo tipo de temperos, e isso é uma novidade no mercado. Levam tudo, tudo mesmo, parece incrível”.

Jackeline Cavalcanti, bancária, se diz uma apaixonada por plantas e, agora, também pelos temperos. “Cultivo como terapia. Gasto horas por semana cuidando das minhas ‘filhas verdes’. Elas não me respondem, mas eu falo com elas e acho que elas me entendem”, diz Jackeline, enquanto compra mais mudas de tempero na loja da senhora Kioko. Desta vez, leva para casa mudas de manjericão e alecrim. Das que já possui em casa, costuma usar hortelã para fazer chá e orégano para preparar o sal de ervas, além de usá-lo para temperar saladas.

A demanda por esse tipo de apartamento teve um impulso devido à mudança de estilo de vida do brasileiro. Dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o percentual de casas no Brasil com apenas um morador aumentou de 8,6% em 2000 para 12,2% em 2010. Além disso, nos últimos cinco anos, os divórcios no país subiram 75%, passando de cerca de 80 mil para 140 mil registros anuais.

 
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